
Amor, consideração, confiança…
1. As Origens de um Gesto de Amor
Todos os anos, no segundo domingo de maio, milhões de pessoas ao redor do mundo dedicam um tempo para homenagear suas mães.
Mas o Dia das Mães, mais do que uma data marcada no calendário ou uma ocasião de compras, é uma oportunidade de voltar o olhar para algo essencial: o amor que nos gerou, acolheu e sustentou — mesmo nas fases mais difíceis da vida.
Essa celebração tem raízes profundas. Na Grécia Antiga, já existiam festas dedicadas às mães dos deuses. Mas a origem moderna do Dia das Mães nasceu nos Estados Unidos, no coração de um tempo de conflitos e transformações.
Ann Maria Reeves Jarvis, uma mulher sensível às dores do mundo, criou em 1858 os Mothers’ Day Work Clubs, com o objetivo de melhorar as condições de saúde das famílias operárias. Mais tarde, ela organizaria os Mother’s Friendship Days, tentando curar feridas deixadas pela Guerra de Secessão.
Poucos anos depois, a escritora Julia Ward Howe publicaria o Mother’s Day Proclamation, um manifesto pela paz. Mas foi a filha de Ann, Anna Jarvis, quem conseguiu transformar a ideia em realidade.
Em 1907, dois anos após a morte de sua mãe, Anna realizou um memorial em sua homenagem.
Aquilo que começou como um gesto pessoal se espalhou como um sopro coletivo. Em 1914, o Congresso norte-americano reconheceu oficialmente o segundo domingo de maio como o Dia das Mães.
Curiosamente, Anna Jarvis acabaria se afastando do movimento, desgostosa com a transformação da data em um evento comercial. Seu sonho era que as pessoas expressassem amor com palavras e gestos, e não com presentes obrigatórios.
2. No Brasil e em Países Lusófonos
No Brasil, a comemoração começou em 1918, em Porto Alegre, trazida pela Associação Cristã de Moços.
Em 1932, Getúlio Vargas oficializou o Dia das Mães, impulsionado por feministas que viam na data uma forma de valorizar a mulher e a maternidade em um momento importante da história brasileira — o ano da conquista do voto feminino.
Em 1947, a Igreja Católica incluiu a celebração em seu calendário litúrgico.
Já em Portugal e nos países africanos de língua portuguesa, o Dia da Mãe é celebrado no primeiro domingo de maio, em sintonia com o mês dedicado a Maria, mãe de Jesus.
Antes, a data era associada ao 8 de dezembro, dia da Imaculada Conceição, mas acabou sendo transferida para o mês das flores e da ternura.
A data, embora comum a muitos países, carrega expressões culturais distintas. Em todas essas versões, porém, permanece o mesmo fio condutor: o reconhecimento da maternidade como força essencial da vida.
3. Entre a Emoção e o Apelo Comercial
Hoje, o Dia das Mães é uma das datas mais importantes do comércio, perdendo apenas para o Natal.

Amor, proteção…
Vitrines se enfeitam, propagandas se multiplicam, e a indústria encontra na figura materna um poderoso símbolo de consumo.
A National Retail Federation, por exemplo, estima que só nos Estados Unidos, os gastos com a data ultrapassam dezenas de bilhões de dólares anualmente.
Mas por trás das cifras e campanhas publicitárias, o que realmente conta é a memória. É o colo. É a ausência sentida. É o abraço ainda possível.
Em cada canto do mundo, mães seguem sendo força e abrigo.
Algumas já não estão aqui — mas permanecem. Outras lutam silenciosamente por seus filhos, muitas vezes sem reconhecimento. Celebrar esse dia é lembrar de todas elas. Das que cuidam. Das que educam. Das que resistem.
Mais do que um domingo especial, o Dia das Mães é um lembrete: o amor materno, em suas muitas formas, é uma das grandes forças que sustentam o mundo.
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Fonte:
Dia das Mães – Wikipédia, a enciclopédia livre
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