
A história da banda que não acconteceu.
Imagem de Cristhian Adame por Pixabay
“Quando alguns sonhos não se realizam, nascem histórias que alimentam novos sonhos”
– Gilson Chaves
Permita-me contar um pouco da História da Banda Acordes – A Banda que não aconteceu.
O mês de Dezembro de 1987, foi marcado por uma tragédia familiar, a perda do Tio Salomão, aos 36 anos de idade, vítima de um AVC.
Naquele verão, fui ao rio Paraguaçu para espairecer, aquele era o melhor lugar do mundo pra isso. No verão, as pessoas fugiam dos fornos de suas casas e mergulhavam naquelas águas escuras.
Havia um lugar conhecido como “a Prainha”, era um espaço de aproximadamente 50 metros, situado à margem esquerda, onde aos domingos as famílias iam para pequenas partidas de futebol de areia, para a prática da capoeira ou para piqueniques, quando as duas primeiras opções permitiam.
Duzentos metros à esquerda deste lugar, as mulheres tratavam “o fato” dos bois ao amanhecer, deixando no ar da região um “perfume” característico. Provavelmente nenhum outro lugar no mundo tinha aquela fragrância, levemente desagradável…
Não à toa, os cachorrinhos da região olhavam e cheiravam, com uma certa admiração e desejo, os banhistas daquele lugar!
O Início
Este é um trecho da crônica presente no livro
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Veja também É hora de ouvir o “MADDS” – se permita ‣ Jeito de ver
Infelizmente, a vida testava a paciência da banda…
Até esquecemos que não tínhamos os instrumentos!
Ele costumava rir e dizer: – “Mané, você não desiste nunca”
E a resposta: “Pois é, Mané…Como é que se desiste? A gente não pode desistir..”






Comentário (8)
Gilmar Chaves| 8 de março de 2024
Muito bom poder relembrar histórias reais como essa da banda que não aconteceu. Infelizmente muitas bandas não saem do sonho justamente por causa da inveja de muitos que pensam em subir na vida negando algo para o seu semelhante, que poderia ser parceiro. De certa forma, as boas e tristes lembranças fazem parte da vida. E é isso mesmo Gilson, meu mano, continue, continue acreditando em seus sonoros sonhos, musicalidade pra isso você tem!, e o que não deve faltar nunca é a coragem, disposição para seguir cantando, levando alegrias para quem te ouve pois, quem canta seus males espanta e, quem Ouve, sente imensa alegria no peito e o cantar afasta qualquer desânimo. Siga em frente, “como é que se desiste?”
Gilson Cruz| 8 de março de 2024
Obrigado, Gilmar. Mesmo quando alguns sonhos não se realizam deixam uma história como legado. Neste caso, apesar dos imprevistos, não há frustração.
Tais lembranças evocam um misto de alegria e saudade. A música ainda é o meu hobby favorito.
Antonisia Chaves| 11 de março de 2024
” A banda que não aconteceu!”
Que história emocionante Gilson Chaves!
Viajei na leitura e me emocionei. Realmente um lindo texto!
As vezes não realizamos tudo aquilo que gostaríamos e todo um planejamento e esforço fica para trás. Mas há lembranças que vale muito a pena, afinal saudades muitas vezes alegra muito.
Siga em frente com o seu lindo trabalho!
Gilson Cruz| 11 de março de 2024
Obrigado, Antonisia. É a história dos sonhos não realizados se transformarem em ideias inspiradoras. Que as pessoas não fiquem tristes quando certos planos não se concretizarem. Como diz a letra da música Luzes da Ribalta: “O ideal que nos acalentou, renascerá em outros corações”.
Nilmar| 11 de março de 2024
Comecei a ler esta história ao som da música For the Love of God – Steve Vai. Com certeza conseguiu me trazer um pouco mais da gama de sentimentos que se deve ter ao ler um texto como este. Em meio a lágrimas consegui concluir a leitura, dessa vez ao som de Reflections of My Life, o que aumentou ainda mais o “feeling” ao lembrar do quão animado era Dilson, de também sonhar em ter um grupo para me divertir, de entender os percalços da vida…enfim, depois do texto eu sonho muito com a banda que não foi, mas com certeza é. Banda Acordes certamente será uma das minhas maiores inspirações.
Com certeza sigo com um novo lema pra vida: “Como é que se desiste?”
Gilson Cruz| 11 de março de 2024
Pois é, Nilmar. Enquanto alguém lembrar da história, haverá um pouco da Banda Acordes. Vou tentar aprimorar algumas gravações antigas e inserir posteriormente neste artigo.
Márcia Chaves| 11 de março de 2024
Recordar é viver.
Quantas recordações de uma banda que não existiu!
Saudades de tudo isso.
Gilson Cruz| 13 de março de 2024
Não era bem a história daqueles dois meninos que simulavam guitarras com cabos de vassoura na infância…(risos). Mas, é bom recordar, também!