Imagem de hosny salah por Pixabay
Gilson Cruz
Você já percebeu que à medida que os eventos se desenrolam e se tornam de certo modo corriqueiros, passamos a dar-lhes menor importância?
Quantos de nós se recordam que, na quinta-feira, 24 de fevereiro de 2022, os russos invadiram territórios ucranianos?
Revisando: Em Dezembro de 2021, o presidente russo, Vladimir Putin, apresentou à Otan algumas exigências de segurança, entre elas que a Ucrânia nunca integrasse o bloco militar oriental, pois, segundo ele, a expansão de tal grupo significaria uma ameaça à sua integridade territorial.
E as notícias da Guerra bombardeavam os telejornais, que por meses, se dedicaram a contar as várias versões dos motivos da guerra…
Tal guerra continua, e já ceifou aproximadamente 200 mil vidas – Veja o link a seguir: Guerra da Ucrânia alcança quase 200 mil mortos, de acordo com o ‘New York Times’ | Ucrânia e Rússia | G1 (globo.com)
Porém, à medida que se passam os dias as notícias se tornam uma alternância de “velhas” novidades – e já não prendem mais os telespectadores, que saturados de péssimas notícias, esperam algo mais: Uma solução talvez.
Pode ser desanimador saber que a violência cresce sem motivos legítimos, também a a falta de confiança na motivação dos líderes envolvidos na guerra – e a consequente sensação de impotência causada por tais notícias.
Os jornais precisam anunciar para continuar a existire para divulgar seus anunciantes precisam de público, por isso passam a transmitir aquilo que interessa ao telespectador.
Corrupção, violência, casos de xenofobia, preconceito, inflação e até mesmo algumas reportagens fofinhas antes do fim do dia, para tentar lembrar que coisas boas ainda existem… – tudo para não perder audiência.
Até que de repente, surgem novas notícias terríveis:
No dia 7 de Outubro de 2023, um grupo terrorista que já vinha ensaiando um ataque contra Israel, e sendo observado, executa o seu plano sem resistência alguma.
Jovens que participavam duma rave no deserto foram executados. A indignação tomou conta do mundo, pois os telejornais cumpriram o seu papel de divulgar o incidente..
A resposta do governo israelense, foi e tem sido a mais perversa possível.
Apesar de o governo israelense vilipendiar já há muitos anos o povo Palestino, encontraram desta vez “o motivo” para levar adiante seus atos violentos.
Com o apoio do País mais poderoso do mundo, os Estados Unidos, e no pretexto da caça aos terroristas, o exército de Israel vem bombardeando e exterminando uma parte da população Palestina.
Estima-se que a população Palestina, em Gaza, seja de aproximadamente dois milhões, e os terroristas associados aos grupo do ataque seja entre vinte e cinco quarenta mil.
O número de vítimas inocentes tem aumentado a cada dia. Por exemplo, quando as vítimas chegaram a 15.900*, cerca de aproximadamente 6.000, eram crianças e 4 mil, eram mulheres. – veja no link a seguir Guerra entre Israel e palestinos já deixou mais de 15.900 mortos, mostra levantamento | CNN Brasil.
Destes, aproximadamente 800 militantes terroristas foram mortos.
Investiu-se muito na propaganda de que se trata uma guerra contra o terrorismo. Os fatos mostram que se trata de uma ação de extermínio de um povo.
Os Palestinos que já eram tratados como subumanos pelo governo israelense, recebeu tratamento similar de alguns órgãos de imprensa mundial. Alguns tentaram justificar as mortes dos inocentes.
E como muitas outras vezes, o leitor pode ter se cansado de ver e ouvir falar das péssimas notícias – e o noticiário, atentendo à demanda, faz a sua parte em vender notícias, como entretenimento.
E enquanto param de pensar, crianças e inocentes continuam a serem sacrificados, humilhados. Sem direito ao alimento, sem o direito a água, sem direito a uma luz em meios aos escombros.
Condenadas a levarem em suas memórias a imagem de milhares de corpos enrolados em tecidos brancos, enterrados em valas comuns e o som das bombas ao anoitecer – que condenarão a outras ao mesmo destino.
Sem o direito de serem crianças.
Esquecer tais fatos favorece apenas ao agressor.
E mesmo que as notícias se calem, que as notícias esfriem…as vítimas estarão lá. Sempre lá.
Não as esqueçamos.
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*Atualização 24/12/2023.
o número de vítimas dos ataques do exército de Israel à Palestina já ultrapassa 20 mil.
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