
Imagem de Anthony Jarrin por Pixabay
Introdução:
Às vezes, é no silêncio da noite e na simplicidade de um jardim que surgem as reflexões mais profundas.
Entre formigas silenciosas, grilos repetitivos e o brilho passageiro de um pirilampo, este pequeno texto convida à contemplação da vida que pulsa discretamente à nossa volta — e dentro de nós.
Nesta breve alegoria, o vaga-lume se torna símbolo da efemeridade do brilho, da ilusão de grandeza, e da fragilidade dos instantes em que buscamos ser mais do que somos.
Será que, ao brilhar, deixamos de ver o mundo?
Será que a verdadeira duração da vida está nos momentos em que apenas existimos, sem precisar encantar?
Convido você a vagar por esse jardim noturno de pensamentos, onde até a menor luz pode carregar um universo de sentidos.
A ilusão do brilho… Vaga-lume
Na escuridão da noite, no pequeno jardim, brilha o pirilampo.
De vaga luz, flutuando entre outros que apenas se encantam com o seu luzir confunde-se com o piscar das estrelas no infinito.
As formigas em silêncio, constroem as suas vidas.
Os grilos cantam as mesmas canções, falta-lhes inspiração?
No jardim a vida continua e enquanto pisca, não vê o mundo ao redor…
Vaga-lume….
Pirilampo…
Vives bem mais enquanto não brilhas…
O teu brilhar é passageiro
Dias? Semanas?
Teu céu finito…
Não és uma estrela.
Vaga…
Vaga-lume.
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