O dia a dia (Mais um poema simples)

Despertador. Um poema do dia a dia, em poucas palavras.

Imagem de Jan Vašek por Pixabay

 

Gilson Cruz

 

O despertador

O sono

A preguiça

O espreguiça

Os pés caindo da cama

o tropeçar nos chinelos

As mãos buscando a parede

As luzes acesas

A escova

O creme dental

Os olhos pregados

a camisa ao avesso

Os pés buscando a cozinha

as luzes acesas

As meias, os sapatos, o cadarço

e as horas voando

As notícias, o tempo

o sono ainda na cama

Um até logo

A porta aberta,

os pés na rua

As ruas, os cachorros, o peso

e as pessoas vivendo os seus dias

As horas, o cansaço, a pressa, o retorno

o abraço, a meditação, o sono…

E os sonhos…

E novamente

o despertador…

e tudo de novo.

 

O dia a dia (Um poema simples) ‣ Jeito de ver

 

 

 

 

 

 

A pequena bailarina (pequenos versos!)

Bailarina ao ar livre. Uma poesia à dedicação.

Imagem de Anja por Pixabay

À Professora de Balé

Bailarina

A pequena bailarina

A pequena bailarina

Flutua, com graça

Mas, dentro dessa beleza

O que será que se passa?

Pés mais leves que o ar

Pisando em partículas do nada

Mas, dentro dessa beleza

O que será que se passa?

O que fazes com a gravidade?

O que fazes com a razão?

Não tens asas, flutuas

Como seguras a emoção?

Mãos suaves, quais plumas

Regem a música no vento

E este rosto, sempre sereno

Onde andará teu sentimento?

A pequena bailarina

Ainda a flutuar com graça

E o pobre compositor

Sentado no meio da  praça

Contempla

Se emociona

Se inspira

Pira! ( Ah! Eu não resisto!)

E compõe a canção do vento

Que suas mãos regem devagar

Que com leveza, com graça

Ensina o mundo a amar…

E a bailar…

a bailar…

Leia mais em:  E quando ela passa… ( A poesia no andar) – Jeito de ver.

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