Um dia no museu Paraguaçu (Informativo)

Uma pessoa num banco. Um texto sobre o pequeno Museu da Comunicação em Iaçu - Bahia,

Imagem de Daniel Nebreda por Pixabay

Uma breve visita ao museu  Paraguaçu

O futuro já se faz presente, mas é o passado que serve de fundamento para o que vemos hoje.

Essa é a verdade que define um museu: a criação de um amanhã ainda mais esplêndido. Um sonho trazido à realidade pelo visionário Adalberto de Freitas Guimarães, pensado para que possamos desacelerar e valorizar a vida e a história, peças-chave para entendermos de onde viemos e para onde vamos. Esse projeto tem atraído a atenção de turistas e moradores da hospitaleira Iaçu, localizada a 279 km de Salvador, a capital da Bahia.

Independente de patrocínios, movido por uma determinação inquebrantável, o Sr. Adalberto segue ampliando sua coleção de objetos que narram a evolução da comunicação e das artes.

E como ele mesmo, com um sorriso no rosto, gosta de dizer: “O futuro se torna mais fascinante quando temos um passado para explorar!”

Abaixo um pouco do acervo do museu Paraguaçu.

Símbolo de tempo…

Relógio antigo.

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Relógio em forma de Bicicleta.

O tempo não para…

Primeira bicicleta do Município

Primeira bicicleta do Município e algumas curiosidades

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Para você que ama uma “selfie”,  já conhece o famoso “lambe-lambe”? Sim, esse é o nome, para saber o por quê visite o museu.

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Câmeras fotográficas.

Conheça também o acervo de câmeras e projetores

Cortesia do Museu da Comunicação de Iaçu.

Um antigo rádio de madeira.

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Como seus avós ouviam aquele “som-zinho” e as notícias da época? Conheça o acervo de rádios do Rio Paraguaçu. Você vai ouvir um monte de histórias incríveis!

Rádio antigo.

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Você talvez se pergunte ao ver este rádio: Meu Deus, de onde é que vem isso? Onde eu aperto para baixar músicas? – Conheça a história, você vai gostar.

Antiga máquina de escrever.

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Que tal um pouco de digitação? Conheça a incrível máquina de escrever!

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Ou quem sabe fazer aquela ligação? Você talvez se pergunte: “Como é que faziam pra escrever as mensagem do whatsapp na época?”

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Esse é o “gramophone” com ph. Naquele tempo, se escrevia farmácia com ph. E hoje como se escreve?

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Cortesia Museu da Comunicação e arte de Iaçu

Um máquina ferroviária, do artista: Bugaiau

E para finalizar

Sede do Museu e Radio Paragauçu

Turista fazendo visita ao Museu.

…  um turista aproveitando a oportunidade.

Um homem e um projeto, você já imaginou o quão longe ainda se pode ir com o apoio de setores públicos e privados? Apoiar a cultura e a arte é investir no futuro.

Caro leitor, seu apoio é importante.

VISITE O MUSEU PARAGUAÇU E CONHEÇA AINDA MUITO MAIS!

Leia também Uma breve história da Comunicação – Jeito de ver.

Sexta-feira ( Uma simples poesia)

Um calendário em branco. Um texto sobe as pequenas coisas de um dia comum.

Imagem de Dorothe por Pixabay



Sexta-feira

Acordei numa pressa daquelas e o sol ainda dormia
A cidade estava silenciosa, meu cachorro não latia
Não senti  um dia especial,
nem era carnaval.
Seria apenas mais um dia.
Levantei, tropecei nos chinelos
que dormiam aos pés da cama,
caí
e nem pensei na semana…
Apenas, mais um dia normal.
Mas, é verão e
a manhã mais uma vez, como disse o Caetano, nasceu azul.
Olhei o violão no cantinho da sala, não pude compor, cantar
ou tocar o instrumento
e saí enquanto poucos estavam acordados.
E o sol começou a brilhar.
As cores se assentaram,
as nuvens se assentaram lá no horizonte
e a minha pressa acabou.
Os passarinhos na praça acordaram,
Os cachorrinhos no quintal também despertaram
e as vozes tomaram conta das ruas…
e a minha pressa acabou.
E à noite, um céu de estrelas
sem pressa, sem som, sem nada
enquanto as estrelas dançam e 
me recuso a olhar a estrada
o tempo passa…
a vida passa.
 

           …a vida passa, sem pressa.

Veja também  Um dia no museu Paraguaçu (Informativo) ‣ Jeito de ver

A música como produto e arte – uma história!

Um disco na vitrola. Um texto sobre a Música como um produto.

Imagem de Essexweb1 por Pixabay

 

Explorando a Melodia ao Longo do Tempo

A música, essa forma única de arte, está ao nosso alcance através de diversas plataformas que oferecem uma vasta seleção de artistas e estilos musicais.

Hoje em dia, temos a liberdade de montar playlists personalizadas, algo inimaginável nos tempos em que só tínhamos as rádios como fonte – e isso é fantástico!

Nas décadas de 80 e 90, aguardávamos ansiosamente pelo locutor de voz marcante anunciar o próximo hit. Com o gravador pronto, os botões “REC” e “PLAY” acionados, tudo corria bem até que, ao fim da música, o locutor interrompia com a hora e o nome da estação, estragando a gravação. Que época incrível!

Hits daquele tempo, como “Voo de Coração”, “A Vida Tem Dessas Coisas” e “Pelo Interfone” na voz de Ritchie, “Cachoeira” na de Ronnie Von – que possui uma das vozes mais doces da nossa música – ainda ecoam em nossa memória.

Artistas como Roupa Nova, 14 Bis, Rádio Táxi, Placa Luminosa, e ícones como Gal, Bethânia, Zizi Possi, Elba, Fafá, Cássia Eller, Gilberto, Caetano, Djavan, Emílio Santiago, Ivan Lins, Tim Maia, Jorge Benjor, Roberto (O Rei), Erasmo e Raul (nossos roqueiros com “R”) deixaram um legado eterno na música brasileira.

Cada cantor tinha a sua própria maneira de interpretar canções. Ângela Ro Ro, por exemplo, transmitia emoções quase indescritíveis com performances intensas, como em “Amor, Meu Grande Amor”, e nuances melancólicas em “Só Nos Resta Viver”.

A música, como forma de arte, é rica em emoções variadas e oferece inúmeras interpretações ao público. Ela se adapta a cada indivíduo, proporcionando o significado que procuramos, e reflete a cultura de cada época.

A arte é dinâmica, ajustando-se e evoluindo de forma natural, aprimorando tendências e traços. Esse mesmo processo se manifesta no mundo da música.

Um Passeio no Tempo

Ao voltarmos ao início da década de 1960, observamos o declínio do Rock’n Roll: Elvis Presley estava no exército americano, sem a rebeldia anterior, Little Richard quase abandonou a música, Chuck Berry enfrentava problemas com a justiça e Jerry Lee Lewis caía em desgraça por seu comportamento volátil e um escândalo matrimonial. Ícones promissores como Buddy Holly, Richie Valens e Big Bopper morreram em um trágico acidente aéreo. Parecia que o mundo do Rock estava à deriva.

Contudo, na Inglaterra, jovens se encantavam com o Rock’n Roll que adormecia nos EUA. Nascia o Rock Britânico, com bandas como The Beatles, The Hollies, The Rolling Stones, Gerry and the Pacemakers, The Dave Clark Five, The Swinging Blue Jeans e The Kinks, cada uma trazendo seu estilo distinto. Foi assim que o Rock’n Roll reconquistou o mundo.

No Brasil, bandas notáveis como Os Incríveis, Renato e seus Blue Caps, The Fevers, Os Carbonos e The Sunshines surgiram, cada uma imprimindo seu legado. A música se transformava em mercadoria, com as gravadoras lançando sucessos formatados até que uma nova onda musical emergisse.

Analisando e Copiando Tendências

O mundo da música é conhecido por suas cópias e imitações.

No Brasil, nos anos 1990, vimos cantores sertanejos da época seguindo a mesma temática, cortes de cabelo e calças apertadas. Após a febre sertaneja, surgiram grupos de pagode no rastro do Raça Negra, assim como grupos de lambada no final da década de 1980 seguiram a onda do Kaoma.

O sucesso é copiado como produto, mas cada cópia é um retrato de uma época. São importantes na história e para a história!

A música, como arte, sempre terá valor, para o bem ou para o mal.

Apreciemos e entendamos como ela reflete nosso contexto histórico e cultural, sempre evoluindo e se adaptando, marcando as páginas da nossa história musical.

 

Gilson Cruz

Veja mais em A música atual está tão pior assim? ‣ Jeito de ver

 

 

 

Um Professor (os desafios de um educador!)

Um professor. O texto sobre os desafios de ensinar História.

O Professor

Imagem de Pexels por Pixabay
Era ainda o ano de 2005 e o professor de História, Régis, se preocupava com a falta de interesse político dos alunos na escola onde lecionava. Era comum aos alunos velhas frases como: “Políticos são todos ladrões”, “Já que eles vão roubar mesmo, meu voto não sai de graça”, “Sindicalistas são todos vagabundos” e frases um pouco menos otimistas que estas.

Alguns jargões foram criados durante os anos em que o Brasil esteve sob Regime Militar (Ditadura) 1964-1985 e outros criados por empresários que também estavam muito preocupados com o bem estar geral ( se você acreditar, tudo bem…)

Disposto a mudar o ponto de vista de seus alunos, ele decidiu criar o projeto ” Construindo Cidadania” e neste, todas as Sextas-feiras um grupo de vinte alunos teria a honra de assistir a Sessões da Câmara Municipal de Vereadores – fazendo observações a respeito da ordem e dos projetos.

Um outro grupo analisaria a história do Município, fazendo breves biografias de Prefeitos e vereadores, entrevistaria também a vereadores em exercício.

Os alunos ficaram empolgados.

O questionário a ser aplicado aos vereadores locais trazia as seguintes perguntas: Nome completo e resumo biográfico, como se interessou por política? Quando se candidatou pela primeira vez? Quantos projetos teve o privilégio de elaborar e quantos foram aplicados no município?

E os alunos ficaram empolgados – parte 2.

Enfim, chega a manhã de Sexta-Feira, precisamente 10:30, e começaram os ritos na Sessão da Câmara.

O Presidente da casa iniciava com formalidades, as boas-vindas, quando silenciosamente os alunos sentavam e aguardavam com interesse o diálogo entusiástico de vereadores, os debates, o dedo no olho, o tapa na cara – opa! me empolguei um pouco, deixe-me voltar aos trilhos...

As cadeiras na câmara, destinadas ao público, estavam novinhas em folha! E agora sentiam a alegria de acomodar pessoas interessadas em política! – O problema é que os nobres não estavam preparados, e como não havia assunto a ser debatido a reunião foi cancelada, adiada para a semana seguinte.

E na semana posterior, as cadeiras da câmara sentiam-se úteis novamente, novos jovens aguardavam os vereadores que chegavam desconfiados e perguntavam: “Quem mandou esses baderneiros aqui?” – baderneiros que não faziam baderna e que apenas aguardavam a reunião iniciar para entender pra quê raios servia um vereador.

E por falta de assunto e excesso de desconfiança a Sessão foi novamente adiada!

E os alunos ficaram perplexos! – Parte final

Ainda mais perplexo ficava o Professor Régis pois seria chamado e orientado pela coordenadora municipal de educação a encerrar seu projeto, pois os alunos viam causando transtornos às sessões da câmara daquela cidade.

Talvez os vereadores fossem tímidos demais para apresentar as suas propostas ou talvez não tivessem ideia alguma a respeito da utilidade dos seus cargos eletivos.

E o professor humildemente, se calou.

E os velhos jargões se tornaram ainda mais fortes.

 

Gilson Cruz

Leia mais em: O tempo ( Contador de histórias) – Jeito de ver

 

 

 

 

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