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A importância de Investir em talentos locais

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Imagem de Hilary Clark por Pixabay

 

A Importância do Apoio aos Artistas Locais

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio? Muitos artistas locais não conseguem o suporte necessário para prosperar, mas por que é tão importante apoiá-los? Incentivar os talentos locais é essencial para preservar a riqueza cultural de uma comunidade.

Com frequência, a falta de apoio aos artistas locais ocorre quando a cultura não é uma prioridade para as autoridades municipais. Muitas vezes, as pessoas encarregadas dessas decisões não possuem o conhecimento adequado sobre o assunto.

Em vez de priorizar o legado cultural, algumas vezes os interesses pessoais e políticos influenciam as decisões. Isso significa que o apoio é direcionado apenas para aqueles que têm as conexões certas nos lugares certos. Nesses ambientes, os artistas locais enfrentam preconceito e negligência.

Além disso, há uma pressão popular para que sejam contratados artistas famosos para grandes eventos, muitas vezes à custa dos talentos locais e do orçamento público.

Benefícios de Investir nos Talentos Locais

No entanto, investir nos talentos locais oferece diversas vantagens:

Primeiro, fortalece a identidade cultural da região, já que os artistas locais muitas vezes refletem a essência e a história do local.

Segundo, estimula a economia local, pois os artistas locais e o público consomem produtos e serviços da região. Isso atrai turistas, que contribuem para a economia da cidade.

Além disso, investir nos talentos locais pode reduzir custos, aumentar a eficiência e promover a inclusão e participação da comunidade.

Em suma, ao apoiar os talentos locais, as autoridades culturais não apenas promovem a arte e a criatividade, mas também fortalecem a identidade da comunidade e impulsionam o desenvolvimento cultural sustentável.

 

Leia também Onde as flores não florescem ‣ Jeito de ver

Veja mais em VALORIZANDO NOSSOS ARTISTAS LOCAIS: INCENTIVOS PARA FOMENTAR A PRODUÇÃO CULTURALl (ativaz.com.br)

Quantos talentos incríveis se perdem por falta de apoio?

 

 

 

 

 

A hora e a vez de Dhan Nascimento

 

 

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Show Réveillon 2014

 

 

“Acompanho o Dhan desde os tempos em que ele era o vocalista principal do Rasta Roots, uma banda que fazia covers de Reggae em Iaçu, Bahia. Ele emanava boas energias, transbordava carisma e a sua voz evoluiu muito com o tempo”. – Nilson Muller

Conhecendo Iaçu, na Bahia

Daniel, ou Dhan Nascimento, como é conhecido na cidade em que atua profissionalmente, é natural de Itaberaba, Bahia, cidade conhecida pelo progresso cultural e pela divulgação de seus jovens talentos. Reside na cidade de Iaçu,cidade conhecida pela beleza do Rio Paraguaçu e por sua atuação histórica durante o regime ditatorial que governou o Brasil entre os anos 1964 e 1985.

Durante muitos anos, a produção de abóbora desempenhou um papel fundamental na economia local, sendo uma das principais culturas do município.

Situada às margens do Rio Paraguaçu, a cidade tem grande potencial para crescimento. Porém, há ainda a necessidade de projetos que visem diminuir o êxodo de jovens para maiores centros. Por falta de oportunidade profissional, muitos jovens migram para cidades maiores. Para reverter esse cenário, é crucial desenvolver oportunidades profissionais locais e criar um ambiente propício para o crescimento econômico.

Atrair investimentos privados poderia impulsionar a economia local, assim como fez o município de Castro Alves com uma grande fábrica de calçados e a fábrica de ração, que servem de impulso e âncora para mão de obra local – mais de 300 famílias foram beneficiadas.

Os maiores empregadores em Iaçu são comerciantes, donos de supermercados, farmácias, lojas, padarias, bares e lanchonetes. Outros empregadores são do serviço público e uma empresa de logística. Muitos têm seu primeiro emprego em pequenos estabelecimentos e isso contribui também para a economia do município. Alguns desses comerciantes apoiam a expansão da cultura promovendo apresentações de talentos locais nos finais de semana. Assim como as águas do Rio Paraguaçu no período das cheias, a cidade transborda de novos talentos.

Conhecendo Dhan Nascimento

Neste post, Dhan Nascimento, será o nosso foco.

Dhan iniciou a sua carreira em meados dos anos 2011, sendo o vocal principal do Projeto Rasta Roots, Banda que especializada em covers de Reggae que iam desde Edson Gomes, Sine Calmon à Bob Marley and The Wailers.

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Foto Show dos Rasta Roots

O projeto durou  aproximado de dez anos, com a banda em sua formação original. Neste período foram gravados alguns CD’s das apresentações ao vivo da Banda. Os shows eram marcados pela energia e o dinamismo do Reggae, a alegria do público que participava nos passos cadenciados impulsionados pela melodia bem executada do ritmo que veio da Jamaica, uma das ilhas do Caribe.

A falta de oportunidades para divulgação do trabalho e a impossibilidade de conciliação com os novos projetos dos membros da equipe levaram ao fim da Banda.

Se redescobrindo num “novo estilo”

Em 2019, ele concentrou o seu trabalho em músicas românticas, no estilo conhecido como Arrocha Sertanejo. No mesmo ano, gravou o seu primeiro CD entitulado “Pra falar de amor”. Os trabalhos de edição e mixagem foram realizados pela Edson Gravações Som!!!, em Itaberaba, Bahia.

A divulgação se deu por meio de shows e contribuições em shows de outros artistas.

Esses shows renderam a gravação de um trabalho ao Vivo, em 2020.

O segundo trabalho em Estúdio, “Pra recordar, traz em sua essência grandes sucessos das décadas de 1980 e 1990, adaptados ao ritmo Arrocha Sertanejo.

Em 2022, a escassez de shows depois do período de pandemia mundial da COVID-19 e a necessidade de organizar um novo repertório, exigiram de Dhan Nascimento pausa no trabalho, para no ano seguinte, 2023, retornar com um projeto desafiador: Lançar um CD agora apenas de músicas autorais.

Inicialmente, Dhan investiu na gravação de um EP com quatro músicas de trabalho, saindo em sequencia a gravação de um CD completamente autoral, cujo título é “Pra maltratar os corações, Com amor lembro, choro e bebo”.

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Primeiro trabalho completamente autoral

Os trabalhos de gravação edição e mixagem foram realizados no Estúdio Isaías Gravações, em Iaçu.

Suas apresentações conservam a mesma energia dos tempos do Reggae, numa bela interação entre músico/público.

São cinco álbuns ao longo da carreira, trabalhos em estúdio e um ao vivo, em que mescla músicas autorais e covers de diversos artistas do gênero.

 

Leia também Onde as flores não florescem ‣ Jeito de ver

Conheça mais o trabalho do Dhan, no Spotify.

 

Onde as flores não florescem

A importância da diversidade cultural

Imagem de Cristhian Adame por Pixabay

Pra não dizer que não falei de flores, deixe-me tentar:

O ambiente favorável e os cuidados de quem rega tem importância vital  à saúde delas: O crescimento é condicionado à espécie, mas mesmo flores não alcançarão a sua plenitude sem um bom terreno, uma boa irrigação, e principalmente bons cuidados.

Esteticamente um jardim multicor é muito mais belo e atraente do que um jardim monocromático.

Quando rosas vermelhas se encontram entre outras flores, das mais variadas cores, as percepções florescem gerando diferentes sensações.

O CAMPO DA CULTURA

O mesmo acontece quando nos referimos aos jardins da arte, da música.

O ambiente musical que prevalece nas mídias tem se assemelhando cada vez mais a um jardim monocromático.

As estações de rádio ou as playlists sugeridas parecem tentar convencer-nos de que o mundo musical se resume a estilos como o Agronejo, Sertanejo universitário, Funk e aos cantores em destaque na atualidade. – A música como produto e arte – uma história! ‣ Jeito de ver

Conforme abordado anteriormente neste site, empresários gastam milhões para divulgar seus cantores. O objetivo do investimento é acostumar o público à presença daquele artista.

Na época de ouro das gravadoras, a equipe de marketing selecionava no disco uma canção para trabalho e se empenhava na divulgação com o objetivo de impulsionar as vendas do álbuns. Isso envolvia muito dinheiro para estações de rádio e canais de Tv – o conhecido “jabá”, uma espécie de Suborno. –  – A qualidade da música piorou? ‣ Jeito de ver

Atualmente, empresários do agronegócio, “tomaram as rédeas” e investiram ainda mais pesado. Compraram fãs clubes, estações de rádio e ainda mais espaço na TV, que por outro lado apresenta cantores medianos como  super estrelas. Controlaram as tendências

Os Titãs já cantavam: “A Televisão me deixou burro …” – numa crítica bem humorada à falta de questionamento.

A música se tornou mero pano de fundo para atividades do dia a dia. Enquanto cuidam de suas atividades diárias as pessoas selecionam uma playlist do seu estilo preferido e no meio dessa playlist está inserida uma canção que não se excaixa exatamente naquilo que ela pretendia  ouvir (o jabá funiconando sutilmente!).

MÚSICA GRÁTIS?

Embora o país esteja repleto dos mais variados estilos e cantores, a população se vê exposta àquilo que o dinheiro pode pagar.

Alguns argumentam que se a pessoa está “ouvindo de graça”, ela não pode reclamar.

Mas, imagine você ninguém se ninguém escutasse a determinadas músicas, estações de rádio e seus comerciais.

O que fatalmente aconteceria? Obviamente, deixariam de existir.  – Porque NADA É DE GRAÇA, e ninguém está disposto a investir sem retorno.

Traduzindo: O preço pago é a atenção, o tempo.

Portanto, há uma troca:  cooperamos com as mídias por vender a nossa atenção e nosso tempo às suas propagandas.

A REVOLUÇÃO

Se mais pessoas escolherem estilos diferentes, aparecerão estilos e cantores diferentes.  Pois “o artista irá onde o povo está” como diz o poeta, ou seja, para manter o negócio vivo o público será atendido.

Repensar e agir são atitudes necessárias.

AS DIFICULDADES

Alcançar a fama envolve trabalho e muito investimento. Muitos talentos se perdem por falta de espaço nas mídias em geral.

Bons cantores não são amplamente divulgados.

Empresários inteligentes investem em propaganda e em personal stylists. As imagens dos artistas são tabalhadas de modo a agradar a um público cada vez menos exigente.

Leis como a Rouanet e Aldir Blanc podem ser bem úteis a esses artistas, mas há um problema, observe: Os empresários tem o valor investido na cultura deduzido no seu imposto de renda, mas são eles próprios que escolhem em que artistas investirão.

Isso explica por que centenas de duplas, patrocinadas pelos próprios empresários do agro, têm tantos eventos.

No final das contas, o valor da dedução fiscal se torna investimento para muito mais lucros dos próprios empresários.

Essa distorção precisa ser corrigida!

Algo mais pode ser feito. Leia atentamente o próximo subtítulo.

“WITH A LITTLE HELP FROM MY FRIENDS” – The Beatles

(Com uma ajudinha dos meus amigos – Tradução livre)

A música dos Beatles citada acima traz em sua melodia algumas frases interessantes, tais como:

“Me empreste suas orelhas

e eu cantarei uma canção para você

Tentarei não cantar fora do tom…

Oh! Eu me viro com uma ajudinha dos meus amigos…” 

Amigos, podem ajudar na divulgação de cantores ainda iniciantes.

Mas, você talvesz se pergunte: – ” Os amigos são obrigados a fazer isso?”

-Não, não são obrigados, mas um dos sentidos da palavra amigo se relaciona ao “apoio por amor”.  O latim amicus significa “aquele que ama” ou “aquele que é amado“.

Já existem serviços de vendas de seguidores profissionais para canais do Youtube, Instagram e mídias desse porte, que seguem a política do quanto maior o número de seguidores mais a relevante o artista e músicos em início de carreira podem ser tentados a investir neste serviço.

Já é possível comprar um número razoável de virtuais seguidores fiéis que darão likes, visualizarão posts e darão mais relevância nas plataformas digitais. Linguagem dos negócios!( BotFanClub – Termo novinho em folha!)

Para entender porque isso acontece observe os dois exemplos a seguir:

Primeiro, um jovem escritor de lindas poesias no Instagram, tem mais de 10 mil amigos nesta plataforma. – Destes, apenas 10 curtiam os seus posts.

O segundo exemplo, numa cidade do interior um jovem cantor tem aproximadamente 3 mil seguidores, dos quais apenas 5 ouviam suas músicas no Spotify.

O CAMPO PODE  MELHORAR – DEPENDERÁ DE TODOS!

A arte está cada vez mais monocromática, escritores novos continuam sendo pouco divulgados, em cidades pequenas cantores novatos com novas abordagens, são encarados como potenciais concorrentes aos mais experientes.

É notável conforme os dois exemplos citados não há divulgação espontânea.

É preciso admitir que o mercado da música sofreu mudanças.

Como mudar tal cenário?

Prefeituras municipais podem criar e divulgar festivais em diferentes estações, para que haja plena exposição dos mais variados estilos de arte: Semana da Poesia, Semana da Música, Semana de exposição de arte e assim por diante e por fim, O encontro das artes.

Mais festivais significam mais visitantes, maior movimento no comércio local, aumento da arrecadação de impostos e, consequentemente, mais oportunidades de emprego.

Por outro lado, quando não há este pensamento e a divulgação dos talentos municipais ficam nas mãos de iniciativas privadas, como de esforçados donos de bares e lanchonetes, que é louvável, mas tem alcance limitado.

Como explicamos na introdução desta matéria o ambiente favorável e os cuidados, possibilitarão o crescimento desta beleza chamada Cultura.

Com um  trabalho mais amplo nesta área, a cidade ganhará novavida e novas cores, essenciais ao crescimento da cidade.

Gilson Cruz

O drama do músico – As escolhas

 

Gilson Cruz

 

O Desafio de Apresentar Novas Obras

Compor uma música é como trazer algo à vida. A inspiração, as horas de planejamento e, enfim, a hora da execução. Trazer uma obra ao público pode ser uma experiência traumatizante. Imagine as dúvidas que pairam sobre a mente de um artista quanto à aceitação de sua obra, daquilo que envolve tanto de sua personalidade!

No Festival de Música de 1967, Sérgio Ricardo, intérprete de “Beto Bom de Bola”, enfrentou uma situação ilustrativa. Desapontado por não ouvir o retorno do som da banda de apoio devido às vaias incessantes da plateia, o cantor teve um ataque de ira. Em um ato de descontentamento, proferiu as seguintes palavras: “Vocês ganharam, vocês ganharam!”, quebrou seu violão em um banco e o atirou para a multidão.

Nas competições disfarçadas de festivais, os sentimentos de rivalidade e competição superavam o que deveria ser a razão da arte: a apreciação. Muitas belas canções foram vaiadas, refletindo como a reação intempestiva do público resultou no mesmo comportamento do artista.

Essa dinâmica também ecoa nos desafios enfrentados pelos músicos consagrados. Mesmo com o sucesso de suas primeiras canções, surge o anseio de apresentar trabalhos mais recentes. No entanto, a introdução dessas novas músicas no repertório pode se tornar um desafio. Muitos artistas, após obterem sucesso com seus primeiros discos, podem se distanciar dessas músicas, ignorando o desejo do público por elas.

Pode haver uma certa resistência do público às novas canções por causa dos vínculos sentimentais gerados pelas antigas. Por isso, o artista consciente introduz sutilmente o novo repertório, revezando novos e velhos sucessos, de modo a não causar estranheza.

O Drama dos Músicos Anônimos

Músicos anônimos vivem cada apresentação como sendo uma última oportunidade. Não sabem onde estarão no dia seguinte, por isso, cada show se torna uma mistura dos mais variados estilos, na busca de encontrar um que seja a sua marca. Sonham, muitas vezes, em ser descobertos por empresários que os ajudem na busca desses sonhos.

A plateia, por outro lado, se divide em três: uma que preza as habilidades do artista, outra que está lá pela música e a outra que busca um significado nas coisas. Cabe ao artista dar aquilo que se precisa e se espera.

Àqueles que estão pelo artista: a arte – o que há de melhor. Àqueles que estão apenas pela música: a melhor música. Àqueles que buscam um significado: o momento inesquecível.

O público é a vida da arte, é quem se encarregará de não esquecê-la. Por isso, a relação artista-arte encontra a sua finalidade quando alcança o coração do público, que a manterá viva através dos tempos.

 

 

Veja também: Que tal compor a sua obra de arte? ‣ Jeito de ver

 

 

 

Músicos anônimos vivem cada apresentação como sendo uma última oportunidade.

Não sabem onde estarão no dia seguinte, por isso, cada show se torna uma mistura dos mais variados estilos, na busca de encontrar um que seja a sua marca. Sonham, muitas vezes, em serem descobertos por empresários que os ajude na busca desses sonhos.

 

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