
Imagem de Engin Akyurt por Pixabay
Sinopse
A poesia “Pobre Pedro” retrata a solidão e o abandono de um homem incompreendido pela sociedade. Entre julgamentos apressados e a indiferença cotidiana, Pedro, fragilizado pelo desemprego e pela doença, vê a vida escapar em silêncio. Uma narrativa poética que expõe o contraste entre a dureza dos olhares alheios e a dor invisível de quem sofre sozinho.
Pobre Pedro
O galo cantou,
Despertador gritou,
O vizinho resmungou,
Mas Pedro não acordava.
O cachorro latia,
O circular se contorcia,
E mesmo com o barulho do dia,
Ele não despertava.
Pobre Pedro,
Do emprego dispensado,
Vivia agora abatido,
Sempre havia trabalhado.
O olho sequer
Fechava,
A realidade em confusão
Com os sonhos que sonhava.
“Que noite foi essa?” — diziam.
“Irresponsável, curtiu à beça,
Vive sem pressa…”
E ele, nem se importava.
Deixaram pra lá,
Pra que se importar?
Saíam dizendo:
“Vagabundo, vai trabalhar!”
E o pobre Pedro nada fazia.
Os dias passaram,
Já não se importavam
Se o sol nascia,
Se as portas fechavam.
Maldiziam:
“O boêmio,
O irresponsável,
O vagabundo,
O pobre Pedro…
… o defunto.”
Sozinho nas agonias,
Sem ajuda, sem nada,
Viu a vida escapar pela janela,
Enquanto o dia passava.
Pobre Pedro…
Ninguém o entendia.
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Comentário (1)
Chaves| 30 de agosto de 2025
Pobre pedro msm 😭😭