
Imagem de Werner Moser por Pixabay
Começar um projeto, investir num sonho, é sempre uma aventura interessante.
A incerteza do sucesso, o temor da aceitação, a insegurança quanto aos apoios… Todo começo é carregado de dúvidas.
Lembro da ideia de criar um blog que tratasse dos mais variados assuntos: de poesias a crônicas, de histórias a músicas, de casos bem-humorados a reflexões.
Foi assim que nasceu o projeto Jeito de Ver.
A proposta era abordar cultura e história com um leve toque de humor.
A primeira ideia era falar um pouco sobre a cidade de Iaçu, no interior da Bahia, onde o projeto nasceu, em plena pandemia da Covid-19.
Em meio às perdas de amigos e conhecidos, à indiferença do governo da época e a poucas coisas boas para contar — restando apenas a esperança —, quis criar algo que ajudasse a elevar a autoestima e trouxesse algo diferente para se pensar.
Começamos com alguns colaboradores, que nos cediam poesias para publicação — e as publicávamos com prazer.
Mas o processo de divulgar cultura, às vezes, é um tanto cansativo, pois exige tempo, dedicação, e, muitas vezes, envolve custos sem retorno financeiro.
À medida que os desafios da divulgação se tornavam mais evidentes, logo a equipe se reduziu ao “bloco do eu sozinho”.
Com o tempo, pesquisar, editar e divulgar tornaram-se tarefas demasiadamente exaustivas.
Apoios…
Ainda assim, não posso me queixar da falta de apoio.
Lembro que, no início do projeto, tive o privilégio de conversar com o senhor Adalberto de Freitas, pioneiro da comunicação no município.
Das belas conversas, agendamos duas entrevistas que renderam matérias especiais, como Um pouco da História da Comunicação em Iaçu, em que falamos sobre os desafios de criar uma estação de rádio e dos projetos para lançar um livro com os Contos de Bugá, no qual ele relataria os caminhos percorridos até o sucesso da Rádio Rio Paraguaçu FM.
Falamos também sobre sua luta pessoal para manter o Museu da Arte e Cultura Rio Paraguaçu.
Prometemos trabalhar em conjunto: eu divulgaria a rádio e o museu em meu blog e, em contrapartida, teria meu projeto anunciado na Rádio Rio Paraguaçu.
Seria um acordo de cavalheiros! (risos)
Lamentavelmente, o amigo enfrentou problemas de saúde e faleceu dois anos depois.
Ficam a saudade e a gratidão.
Outros amigos também colaboraram com textos e músicas — somos gratos a todos eles!
Últimos passos do projeto
Entramos agora no último ano do Jeito de Ver, cujo encerramento está previsto para o início de maio de 2026.
Até lá, traremos poesias, histórias, sonhos e a certeza de que o apoio de todos os que leram e participaram — especialmente aqueles que ajudaram na divulgação — foi fundamental para que o blog alcançasse mais de 30 mil visualizações.
Talvez não sejam tantas, se comparadas às de grandes blogs, mas, nos primeiros meses — há três ou quatro anos —, eram apenas sete visualizações por mês. (risos)
Neste último ano do projeto, vamos oferecer ainda mais: mais cultura, comentários esportivos com Bruno Santana e o retorno de quadros antigos, como os Contos do Tio do Pavê.
Vamos juntos nessa viagem.
Obrigado pela companhia!
Leia também: Jeito de ver – Um novo jeito – o seu! ‣ Jeito de ver
Comentário (2)
Chaves| 10 de maio de 2025
Sentiremos sdds! Foi um bom projeto 🌟
Nilmar| 10 de maio de 2025
Então, só nos resta aproveitar ao máximo este último ano, lendo o que será publicado e revendo matérias já publicadas. Me lembro bem de quando me senti encorajado e animado ao ler alguns textos. E posso garantir que, se um dos objetivos é trazer coisas boas para se pensar, cumpriu com toda a certeza. Certamente será um ano de despedida (infelizmente) em grande estilo