Conforme a legislação do Brasil, criar e disseminar notícias falsas pode ser classificado como crime. A Lei nº 13.834/2019, também referida como Lei das Fake News, impõe penalidades àqueles que fabricam ou propagam informações inverídicas com a intenção de atingir a reputação ou o conceito de indivíduos ou entidades.
O Código Penal do Brasil abrange crimes como difamação, injúria e calúnia, todos relacionados à propagação de informações falsas. Mesmo sem uma legislação específica contra a disseminação de notícias falsas, é possível recorrer às leis civis e criminais existentes, particularmente se houver danos à reputação ou outros prejuízos resultantes.
Assim, é essencial ser prudente ao divulgar informações e priorizar sempre fontes confiáveis.
As pessoas produzem e disseminam notícias falsas por diversas razões. Eis algumas motivações principais identificadas por especialistas:
Monetização: Criadores de conteúdo fabricam notícias falsas para atrair engajamento e, por consequência, lucrar com publicidade em redes sociais e websites.
Convicções Políticas: Indivíduos e grupos espalham desinformação para moldar a opinião pública, apoiar causas políticas ou atacar oponentes.
Manipulação: Elas podem ser empregadas para distorcer debates políticos, fomentar ideologias radicais ou incitar conflitos entre comunidades.
Preconceito: Notícias falsas são compartilhadas para reforçar preconceitos ou narrativas pessoais, ignorando a verdade para difamar.
É crucial verificar as informações antes de divulgá-las e recorrer a fontes confiáveis para impedir a propagação de notícias falsas.
As notícias falsas têm um impacto considerável durante tragédias, como a recente no Rio Grande do Sul.
Elas não só desviam a atenção dos esforços de socorro e assistência, mas também geram confusão e desinformação entre os afetados e aqueles que querem ajudar. Vamos tratar desses aspectos:
O Impacto Destrutivo das Notícias Falsas Durante Tragédias
Durante crises, como a tragédia provocada pelas inundações no Rio Grande do Sul, a circulação de informações precisas é vital para as ações de resgate e recuperação. Contudo, as notícias falsas são um grande empecilho, prejudicando tanto as operações de auxílio quanto a compreensão pública do ocorrido.
Desinformação Acerca da Assistência do Governo Federal
Notícias falsas relativas à assistência do governo federal podem gerar desconfiança e hesitação entre as vítimas e voluntários. Por exemplo, surgiram boatos infundados de que o governo estava penalizando barqueiros que auxiliavam no salvamento das vítimas. Tais narrativas, além de inverídicas, desviam o foco das autoridades, que necessitam empregar tempo e recursos preciosos para refutá-las.
A Atuação do Exército Sob Suspeita
O exército tem um papel crucial em desastres, salvando vidas e prestando ajuda fundamental. No entanto, as notícias falsas podem pôr em dúvida ou deturpar essas ações. Informações errôneas sobre as missões de resgate podem resultar em uma avaliação injusta do trabalho do exército, que, conforme relatos, resgatou aproximadamente 20 mil pessoas durante a catástrofe no Rio Grande do Sul.
Contas Falsas e a Exploração da Solidariedade
A solidariedade humana frequentemente se expressa através da generosidade em momentos de crise. Entretanto, pessoas com más intenções se aproveitam dessa disposição para o bem, criando contas fraudulentas com o intuito de coletar fundos sob a alegação de auxiliar os desalojados. Essas fraudes não só subtraem recursos dos verdadeiramente necessitados, mas também maculam o espírito de colaboração, essencial nestas ocasiões.
Muitas notícias falsas são disseminadas por políticos que adotam uma postura de vale-tudo na arena da oposição, buscando manter seu eleitorado leal mal informado para assegurar votos em futuras eleições.
Para combater o crime, é essencial investir na educação e estabelecer penas severas para os criminosos.
Leia mais em: Fake news – seus impactos e como combatê-las ‣ Jeito de ver
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