História e Significado – Dias da Semana

Imagem de Надежда Дягилева por Pixabay

A semana mal começou e acredito que acordei com o pé esquerdo, ou melhor, com dois pés esquerdos!

A noite passada não foi das melhores, uma dor de cabeça terrível ocupou o meu domingo e acordei com uma sensação terrível de ressaca ( e olha que de álcool, eu nem senti o cheiro!).

As segundas-feiras não são muito promissoras, são dias preguiçosos para alguns…

Então, que tal aprender um pouco a história dos nomes dos dias da semana? Creio que isso trará dias melhores…

E caso não sejam melhores, serão, ao menos, mais interessantes…

Os nomes dos dias da semana possuem uma história rica e variada, marcada por influências religiosas, culturais e astrológicas.

O termo “segunda-feira” tem sua origem no latim “Secunda Feria”, que se traduz literalmente como “segunda feira”.

A mais antiga menção escrita a segunda-feira encontra-se na Igreja de São Vicente, em Braga, datando do ano 618.

Em português, os nomes dos dias da semana vêm da liturgia católica.

Nas outras línguas românicas, geralmente, os dias da semana são nomeados em homenagem a deuses pagãos romanos.

Por exemplo, a segunda-feira era consagrada à deusa romana Diana, equivalente à Ártemis da mitologia grega.

Esse mesmo padrão ocorre em várias línguas germânicas, como o inglês, onde “Monday” deriva de “Lunae dies” (dia da Lua), com os germânicos substituindo Diana por Máni, o deus da Lua em suas crenças pagãs.

Japoneses e coreanos compartilham os antigos caracteres chineses ‘月曜日’ (Hiragana: げつようび, transliterado: Getsuyoubi; Hangul: 월요일) para segunda-feira, que significa “dia da lua”.

A semana de sete dias foi adotada na China no século IV através do sistema helenístico e foi retransmitida no século VIII pelos maniqueus.

No Japão, o sistema foi introduzido pelo monge Kobo Daishi e registros mostram seu uso desde o ano de 1007.

O uso do termo “feira” em português teve início no ano de 563, após um concílio da Igreja Católica em Braga, influenciado por São Martinho de Dume.

Anteriormente, os dias da semana eram nomeados em homenagem a deuses pagãos.

“Feira” deriva de “feria”, que significa “dia de descanso”, inicialmente aplicado somente à Semana Santa e mais tarde estendido para o ano inteiro.

Na Babilônia, desde 1600 a.C., os dias eram ligados a planetas e deidades. Por exemplo, Vênus era associada à deusa Ishtar, e Marte ao deus Nergal.

Os hebreus, durante o exílio babilônico no século VI a.C., adotaram a semana de sete dias, com o Shabbat como dia de descanso.

Os romanos seguiram essa prática, relacionando os dias com os planetas e deuses greco-romanos.

Em 321 d.C., o imperador Constantino instituiu o domingo como dia de descanso semanal, em honra ao Sol Invictus, e no Concílio de Niceia em 325 d.C., o calendário foi ajustado para dedicar o sábado ao Shabbat e o domingo ao “Dia do Senhor”.

Em Portugal, São Martinho de Dume modificou os nomes dos dias, eliminando as referências pagãs e substituindo-as por numerais, originando termos como “segunda-feira”.

Esta mudança refletia o desejo da Igreja Católica de eliminar qualquer conotação pagã dos nomes dos dias.

Desde então, a semana em português começa no domingo, seguido pela segunda-feira, e assim por diante, preservando o domingo como o primeiro dia da semana.

O acordo ortográfico de 2016 determinou que os dias da semana em português devem ser escritos com letra minúscula e não com maiúscula, como em outras línguas neo-latinas.

O hífen em “segunda-feira” é mantido porque a palavra é composta por justaposição de termos que formam uma unidade de significado próprio.

Em resumo, os nomes dos dias da semana refletem uma mistura de influências antigas, incluindo astrológicas, religiosas e culturais.

A evolução desses nomes ao longo do tempo ilustra como diversas sociedades moldaram e redefiniram os conceitos de tempo e calendário para refletir suas crenças e tradições.

Veja mais: Enfim, é domingo! Mas, por quê “domingo”? ‣ Jeito de ver

Leia também: 6 curiosidades científicas sobre a segunda-feira | Super (abril.com.br)

Pesquisa adicional: Wikipedia

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