Arlene, Bret, Cindy, Don, Emily, Franklin, Harvey, Beatriz, Calvin, Dora, Eugene, Fernanda, Greg, Hilary, Irwin e Kenneth… a lista é extensa!
Quem são essas personalidades?
Veja a manchete a seguir:
Em 25 de junho de 2024, às 19:00, “o furacão Beryl” se formou no Atlântico Norte com uma velocidade de vento inicial de 28 km/h.
Todos os nomes mencionados referem-se a furacões.
Mas, qual é o motivo para se atribuir nomes a furacões nos Estados Unidos?
Vamos entender melhor…
Um furacão é um tipo de ciclone tropical caracterizado por ventos fortes que atingem velocidades de pelo menos 119 km/h, e é frequentemente associado a chuvas torrenciais e nuvens que se organizam em um padrão espiral.
Quando Começa e Termina a Temporada de Furacões nos Estados Unidos?
A temporada de furacões no Atlântico começa em 1º de junho e vai até 30 de novembro, impactando principalmente os EUA. Esse período foi definido com base na tendência histórica de formação de furacões, mas eles podem ocorrer fora dessas datas.
O Centro Nacional de Furacões (NHC), ligado à NOAA, é essencial na monitoração e previsão desses eventos.
Estados e cidades mais atingidos, como Flórida, Texas e Carolina do Norte, se preparam com antecedência, atualizando planos de emergência, realizando simulações de evacuação e se coordenando com agências e organizações de socorro
Como São Dados os Nomes dos Furacões?
A nomeação organizada de furacões começou nos anos 50 pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), que criou listas padronizadas para esses eventos climáticos.
Originalmente, só se usavam nomes femininos, mas nos anos 70, a OMM incluiu nomes masculinos para promover igualdade de gênero. Desde então, os nomes alternam entre masculinos e femininos.
Há uma lista de nomes para cada ano, que se repete a cada seis anos.
A OMM elabora e mantém essas listas, escolhendo nomes fáceis de reconhecer e distintos para evitar confusão.
Os nomes seguem a ordem alfabética: o primeiro furacão da temporada começa com “A”, o segundo com “B”, e assim sucessivamente.
Quando o nome de um furacão é removido?
Se um furacão é particularmente devastador ou letal, seu nome é removido das listas em respeito às vítimas e para evitar conotações negativas.
Nomes como Katrina (2005) e Sandy (2012) foram retirados após causarem grandes estragos.
As listas são periodicamente revisadas para incluir nomes mais modernos e culturalmente apropriados.
Quando um furacão provoca danos significativos ou resulta em muitas mortes, seu nome é “aposentado” para evitar confusão e insensibilidade em eventos futuros.
A Organização Meteorológica Mundial (OMM) é encarregada de remover esses nomes das listas e substituí-los por outros.
Nomes de furacões com impactos memoráveis são retirados para evitar associações negativas em futuros eventos climáticos.
Por exemplo, o furacão Maria, que em 2017 causou destruição em massa em Porto Rico, resultando em milhares de mortes e um impacto econômico significativo, também teve seu nome aposentado.
Novos nomes são sugeridos pelos comitês regionais da OMM, que apresentam uma lista de nomes não ofensivos e de fácil pronúncia em diversas línguas.
Retirar os nomes de furacões do uso é crucial para garantir clareza e respeito em futuras previsões e relatórios meteorológicos, prevenindo confusões e prestando homenagem àqueles impactados pelos desastres naturais mais devastadores.
Relembrando os Furacões e Tornados Mais Violentos da História
Os Estados Unidos têm uma longa história de enfrentamento de furacões e tornados devastadores, eventos climáticos que muitas vezes resultam em perdas humanas significativas e danos econômicos extensivos.
Entre os mais notáveis estão o Furacão Katrina, o Furacão Harvey e o Tornado de Joplin, cada um deixando uma marca indelével na memória coletiva do país.
Furacão Katrina (2005): Formado em agosto de 2005, o Furacão Katrina rapidamente se intensificou, atingindo a categoria 5 no Golfo do México.
Após tocar terra como um furacão de categoria 3 perto de Nova Orleans, a cidade foi devastada devido à falha dos diques, resultando em inundações catastróficas.
O Katrina causou mais de 1.800 mortes e danos econômicos estimados em 125 bilhões de dólares, tornando-se um dos desastres naturais mais caros da história dos Estados Unidos.
Furacão Harvey (2017): Em agosto de 2017, o Furacão Harvey atingiu o Texas como um furacão de categoria 4.
Harvey é particularmente lembrado pela quantidade de chuva que trouxe, resultando em inundações históricas na área de Houston.
A tempestade permaneceu praticamente estacionária por vários dias, despejando mais de 60 polegadas de chuva em algumas regiões.
Os danos econômicos foram estimados em 125 bilhões de dólares, e o evento resultou em 107 mortes.
Tornado de Joplin (2011): Em 22 de maio de 2011, um tornado de categoria EF5 atingiu a cidade de Joplin, Missouri.
Com ventos superiores a 200 mph, o tornado devastou grande parte da cidade, resultando na morte de 158 pessoas e ferindo mais de 1.000.
O Tornado de Joplin é um dos tornados mais mortais da história recente dos Estados Unidos e causou danos estimados em 2,8 bilhões de dólares.
Esses eventos sublinham a necessidade de preparação e resiliência diante de fenômenos climáticos extremos.
Os esforços de recuperação, que muitas vezes envolvem anos de trabalho e bilhões de dólares, são testemunho do impacto duradouro que esses desastres podem ter sobre as comunidades afetadas.
Interessante, não é verdade? Há um alerta porém:
ALERTA:
“Mudanças nos ventos da alta atmosfera terrestre, provocadas pelo aquecimento da superfície marítima no Oceano Pacífico Oriental, são responsáveis pelo aumento previsto na frequência de furacões nas áreas costeiras”.
Aquecimento global aumenta a frequência dos furacões – Instituto Humanitas Unisinos – IHU.
Há a possibilidade do aumento de tais ocorrências.
Embora a probabilidade de eventos de grande magnitude ocorrer no Brasil seja pequena, não é impossível. A atividade humana predatória tem causado danos quase irreversíveis.
A ação baseada no conhecimento de tais fenômenos pode preservar vidas. As atividades de preservação podem salvar muito mais.
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