Musical: A Bela e A Fera em Iaçu

A Bela e A Fera
A Bela e A Fera

Cartaz de A Bela e A Fera

Este texto não intenciona ser “Sonho de Uma Noite de Verão” de Shakespeare, mas confesso que algo me fez sonhar, nesta noite quente deste quase verão do nordeste.

Aceitei o convite e fui assistir à apresentação das crianças do Projeto Tudo por um Sorriso, na sexta-feira, 19 de dezembro de 2025.

O cansaço do dia me pedia para ficar em casa, mas quando o assunto é cultura, ele pode esperar…

O tema seria uma apresentação de balé, do musical “A Bela e a Fera”.

O ambiente

As pessoas se aglomeravam entre risos e o orgulho de ver filhos e parentes se apresentando.

Apesar do calor da cidade de Iaçu, o calor humano, como mágica, fez com que aquele ambiente se tornasse o mais agradável possível.

Enfim, o locutor fez a chamada e tentei me acomodar nas cadeiras que pareciam dizer:”Hey, aqui é o seu lugar…”

Sentei e observei o ambiente...

O cenário

Sentado, observei com atenção o cenário…

A escada da mansão daquele príncipe: egoísta, narcisista, que foi punido com a aparência de uma fera, para aprender o valor de um amor sincero.

A conhecida história

A história é conhecida, é verdade…
Nestes tempos de revisionismo, alguns contestam o poder salvador do amor de alguém, é verdade, mas permita-me sonhar…
Ainda acredito que, se o amor não pode transformar-nos, pode ao menos despertar nas pessoas aquilo que elas têm de melhor…
E todos têm algo de melhor!

O entusiasmo e a ansiedade

Crianças e adolescentes encenavam com uma paixão e uma certa ansiedade; cada passinho ensaiado com atenção.
E a cada passinho que davam, confesso novamente que sentia um certo aperto no coração e compartilhava a mesma emoção de estar vivendo aquele momento.

Algo me lembrou os tempos em que tentei me aventurar naquelas bandinhas de rock adolescentes…

As cenas mudavam a cada movimento e os bailarinos entregavam mais do que apenas passos de balé… entregavam alma, história.

História de famílias que acreditam no potencial dos filhos, mesmo quando a cidade não parece criar espaços para novos movimentos.

E principalmente a história de uma equipe que acredita no poder da arte não apenas como transformador, mas como mantenedor de esperanças e expectativas sóbrias – quando os coraçõezinhos insistem em sonhar com as nuvens de além.

Sonhos de Verão

Mas, é quase verão.
Permitam-se sonhar além dos pequenos palcos de clubes no interior, sonhem com novas ribaltas, em que além de rostos de pais e amigos orgulhosos— estranhos também se encantem com essa vontade e este desejo de alcançar um sonho.
Isso também é amor.

E, de certo modo, nos mantém vivos – ativos, nos transforma – nos faz melhores humanos!

Reflexões ao fim da sessão
Fim da apresentação

Aplausos mais que merecidos…

Enfim, a apresentação chegou ao fim.
Aplausos mais que merecidos, e enquanto contava os passos que me levaram até a minha casa, algo insistia em minha mente:

“Quem me proporcionou uma noite tão bela? Pensei nos bastidores, nos ensaios… principalmente naqueles por detrás das cortinas.

“Muitas vezes, aqueles que fazem o mundo girar não são percebidos.

“A emoção desta noite de verão foi proporcionada por alguém que pensou na arte como um legado eterno, por uma equipe que se empenhou em tornar possível um corpo de balé, dançando valsas de 3 e 4 compassos, num século de canções, muitas vezes, sem melodia”.

A equipe do “Tudo por um Sorriso”.
E a eles, os meus sinceros agradecimentos e parabéns…
Pelos sonhos desta noite de verão

Leia também A história – Uma questão de memória ‣ Jeito de ver

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