O árbitro perfeito -uma crônica futebolística

A crônica bem humorada de Aristóbulo -o árbitro perfeito

O mais querido venceu – uma crônica.

Árbitros de futebol são imparciais.

Mas, nenhum foi tão perfeito quando Aristóbulo Duarte, este parecia odiar times de futebol!

Explica-se, não dava nenhuma demonstração de paixão ou a mínima quedinha por qualquer time em qualquer partida que arbitrou.

Mas, mesmo o coração dos árbitros pode ser traiçoeiro.

O campeonato não estava bom para o mais querido, a primeira partida da final foi difícil e o time da Fala Mansa, venceu por um gol de diferença.

O clima estava terrível, pois o futebol nunca fora tão equilibrado. O jogo da volta era uma incógnita.

Mas, chegou a data!

Todos temiam, menos a turma que venceu a primeira partida, Aristóbulo era o árbitro. Com ele haveria, no mínimo, uma partida justa. Mas, Aristóbulo tremia por dentro.

O Mais Querido, também era o mais querido do árbitro, que estava triste – nada podia fazer.

E começou a partida.

O time da casa, deu o pontapé inicial.

A pressão nos primeiros minutos era horrível, mas o João do Fala Mansa pegava tudo, o que queria e até mesmo o que não queria – Gripe foi uma delas.

A calma adversária irritava o Mais querido, que precisava vencer por dois gols de diferença. 30 minutos, o empate persistia.

Mas, num lance de pura sorte, Cabeludinho entra na área e algum fantasma adversário deu- lhe uma rasteira que o fez rolar por cinco metros.

Fantasma? Deve ter sido, pois ninguém viu o autor da falta, só o Aristóbulo. Gol do mais querido! Pênalti!

O Fala Mansa EC, se revoltou. Cercou o árbitro, reclamou, brigou.

Mas, não se ousou a dizer que ele estava roubando.

Perninha, o atacante adversário se ousou a dizer com ou sem juiz a gente vence. Foi a gota d’água! Aristóbulo sacou um vermelho imediato e mandou o Perninha pro chuveiro.

O engenhoso técnico Martins, não entendeu. E tratou de organizar o time. E acabou o primeiro tempo.

O mais querido ainda precisava de mais dois gols para levar o título, mas estava difícil.

Trinta minutos da mais pura pressão e nada. Já que o mais querido não podia fazer nada, cabia ao sobrenatural dar um jeito!

E aos trinta, Baixinho entra velozmente na área pelo lado esquerdo.

Sem marcação e também sem bola – e acidentalmente tropeça nas pernas de quem? Acho que do mesmo fantasma, pois ninguém viu – exceto Aristóbulo.

Pênalti.

Segundo pênalti em circunstâncias idênticas.

Algo deveria estar errado!

Mas, quem se ousaria a falar? O time já estava com um a menos!

Mas, Getúlio não suportou e reclamou. E de quebra levou o vermelho, no meio da testa.

A revolta foi geral e mais dois do Fala Mansa foram para o chuveiro!

Agora, estava fácil! Mas, o mais querido não ajudava.

Dois a Zero, e num lance absurdo, pra se livrar da bola., Antônio Grosso, dos visitantes chutou a bola pra cima… E ela morreu no fundo das redes do mais querido!

O goleiro, não esperava, o time não esperava…e Aristóbulo não esperava.

Acréscimo 3 minutos.

O mais querido foi pra cima, 2×1 no placar, quatro jogadores a mais…era tudo ou nada!

A pressão foi terrível…e naquelas maravilhas do futebol, Garotinho chuta a última bola, cruzada, o jogo iria para os pênaltis…

E a bola corre para fora no que seria o último lance da partida…

Ninguém para esticar a perna e colocar pra dentro…

E Aristóbulo, como um atleta, deu o seu último pique e se atirou como um herói… Deslizando no gramado do mais querido e como um artilheiro, colocando a bola pra dentro e apitando abruptamente o final do jogo, saindo pra comemorar com os jogadores…

Não houve quem reclamasse, todos inclusive os dirigentes do futebol amavam o mais querido, não haveria possibilidade de mudar!

E nas fotos do título, Aristóbulo realizava seu sonho:

Erguer a taça de campeão, pelo mais querido!

E ninguém mais se importou com o resultado…

Veja também Zé da Ladeira – uma história de futebol. ‣ Jeito de ver

Máfias da loteria e do apito: o que aconteceu nos outros escândalos de manipulação no Brasil | futebol | ge (globo.com)

A Escola de Samba Unidos por Natureza

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Imagem de Monica Volpin por Pixabay

Mestre Arlindo estava preocupado.

Era o primeiro ano em que a Escola Unidos por Natureza disputaria o acesso à décima divisão das Escolas de Samba e não sabia sobre o quê escrever.

Isso porque todos os temas possíveis já estavam comprometidos e seriam abordados por outras agremiações, e nenhum barão do bicho iria querer colocar seu nome numa escola fraca. E convenhamos, repetir o tema dos outros era pedir pra sair!

Daí, o Sr. Martins, um dos compositores, teve a brilhante ideia de compor um samba enredo como nenhum outro.

Um samba que trouxesse toda a história do mundo, sem refrão ou frases repetidas.

E assim se deu, depois de duas longas semanas, o Samba Enredo estava pronto. Os compositores sofreram em pesquisas, mas, ufa! venceram o desafio!

Mas tinha um probleminha: Era um samba de 96 páginas e ninguém conseguiu memorizar absolutamente nada daquilo que foi escrito…

Daí uma nova brilhante ideia: a gente leva por escrito e canta.

E chega o grande dia:

A Portela da Fazenda trazia a ficção científica e mergulharia no mundo dos ETs, tanto que o ET Bilu foi convidado e aparentemente estava lá, foi o que deduziram pelos gritos do Alien: “Busquem conhecimento” enquanto levantavam os braços imensos. – A plateia veio abaixo.

A agremiação “O Salgueiro que você plantou” traria os seis mil anos de escravidão e para surpresa de todos, inclusive dos figurantes, os chicotes eram de verdade e estalavam nas costas, com a mesma cadência do samba enredo: “Mortes na senzala”.

– E o povo aplaudiu pensando que era encenação…

O Beija Flor do Jardim trazia a história da evolução política no país, é incrível como representaram fielmente os políticos e familiares ficando ricos e os pobres se contentando com migalhas.

Foram bem convincentes, tanto que o público passou a atirar pedras nos sambistas…

Outras escolas se seguiram como “Mocidade dependente dos pais”, “Viradouro da esquina”, “Vira Isabel”, todas com nomes que lembravam as do grupo principal.

A plateia já tinha decidido.

A apresentação extraterrestre tinha sido a melhor!

Enfim, chegou a hora mais esperada: “E com vocês, Unidos por Natureza” e o enredo…”

Esqueceram de passar o tema para o locutor, que gritou: – ” Vai lá!”

O Grupo dos cantores pegou apressado suas páginas com a letra do samba e os ritmistas puxaram a música…

Mas, como toda história tem um detalhe… Apanharam na pressa as páginas erradas, e não tinha mais volta.

E Arlindo, nervoso, suando frio, intestino revirando, grita: “Natureza chamou…”

E o público, se identificou de imediato com a letra, aplaudiu freneticamente, respondendo em coro:“Natureza chamou”

E eu me apressei… Eba Eba

Eu me apressei” – Respondiam emocionados…

Corri pra qualquer lugar

NA-NA-Natureza Quem tem um trono É Rei…”

E NO IMPROVISO MAIS BELO E SINCERO DA HISTÓRIA, O PÚBLICO INOCENTE FOI CONQUISTADO e os juízes não conseguiram dar menos que a nota máxima em todos os fundamentos.

O acesso à nona divisão estava garantido.

E até hoje, esse é o samba mais famoso das escolas que por ali desfilaram…

Leia também:  Um E.T em meu quintal (Um dia estranho) ‣ Jeito de ver

Eu odeio chavões… e não sei o porquê!

 

Aconteceu hoje um divisor de águas em minha vida e para abrir este texto com chave de ouro resolvi comprar a briga e assumir que odeio chavões.

Antes de mais nada, permita-me explicar, chavões são aquelas expressões ou frases que de tão repetidas perdem o efeito, se tornam ridículas e atingem em cheio a minha paciência.

Acreditar que ao expressar este descontentamento chegaremos a um denominador comum seria chover no molhado!

Mas, vou entregar de mão beijada e sem meias palavras , colocar um ponto final nessa história.

está inserido no contexto que alguns buscam um lugar ao sol fazendo uso deste recurso, mas vou fazer uma colocação: isto apenas  empobrece o texto! É um erro gritante!

Então, vamos por a casa em ordem e para preencher esta lacuna, vamos fazer uso do leque de opções existentes, essa fonte inesgotável que é a língua viva, e ela tem poder de fogo!

Estaremos em pé de igualdade ao fazer bom uso dela!

O que foi propriamente dito não foi para gerar polêmica.

Mas decidi por as cartas na mesa, a mão na massa e nesta reta final, até porque já é tarde, e a rainha da noite, que brilha no infinito me lembra da hora de dormir para a chegada do astro rei!

Para encerrar com chave de ouro este texto chato, vamos ser mais criativos e andar dentro das quatro linhas!

Leia também Qual o seu idioma? – Tem certeza? ‣ Jeito de ver

 

Um chavão é uma ideia ou conceito geral que é usado repetidamente, muitas vezes de firma automática, sem pensar muito sobre seu significado. Tem cara de clichê, que é uma expressão ou frase que se tornou tão comum que perdeu seu impacto original e pode até parecer banal.

 

Qual o seu idioma? – Tem certeza?

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Imagem de Gerd Altmann por Pixabay

 

Português? Tem certeza?

A interpelação em qualquer vernáculo atinge seu ápice quando a epístola é percuncientemente internalizada.

Recorrer a locuções requintadas parece conferir uma estética mais nobre, culta – contudo, o desiderato de uma língua é o colóquio! Coloquiar é asseverar-se de perceber e ser perspicazmente reconhecido.

A utilização de tais termos descontextualizados apenas ressaltará não a erudição do interlocutor, mas sim sua rusticidade. Destarte, no cotidiano, Simplifica. Assegure-se de edificar a mútua sapiência!

E se a presente disquisição não lhe é acessível, não temais, existem maneiras mais limpidas de expressar: A comunicação possui um desiderato!

Traduzindo: Seja simples!

O objetivo de uma linguagem é possibilitar a comunicação e o entendimento entre as pessoas!

 

Leia também: Iaçu – Um pouco de Poesia e História ‣ Jeito de ver 

Simplicidade na Comunicação: quando o “menos é mais” realmente é perceptível pelas pessoas (linkedin.com)

 

 

Um pouco de exagero (Humor)

Humor. Uma história com um pouco de exagero!

Imagem de Klaus Hausmann por Pixabay

 

Os amigos conversavam:

Rapaz, próximo ao antigo Clube de Ferroviários, havia um largo, um espaço onde há muito tempo os parques e circos  itinerantes ficavam por um tempo. Lembra daquele tempo?

Lembro, sim…  – disse o outro.

Pois é, os circos traziam leões, palhaços, equilibristas e até cantores…

Lembro, sim…

Numa daquelas visitas, trouxe o Menino da Garganta de Ouro. Lembra?

Lembro, sim… O Donizetti.

Pois é, rapaz, eu não acreditava que o moleque tinha uma garganta potente como falavam, achava que era só propaganda. Mas, um dia…

Era Oito da noite da Terça-Feira e o apresentador disse: -“E COM VOCÊS, DONIZETTI…O MENINO DA GARGANTA DE OURO…”

E o menino começava a cantar “a Galopeira”:

-“Foi num baile em Assunção, capital do Paraguai…”  Lembra?

-Ô, se lembro…  –  Dizia o outro

Pois é, na hora do grito Galope-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-ira  era  Oito e cinco da noite.  E eu falei, esse moleque não vai aguentar!

Só que deu 8:10, 8:15, 8:30,9:00 da noite e o menino não parava.:  “ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-…

“Dez da noite fui pra casa. E ele não parava…

Passou a madrugada inteira e o menino : ‘ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-…’

Fui pro trabalho de manhã e ele estava lá: ‘ê-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e-e…’

Hora do almoço, descanso da tarde – e a música não parou.

Deu Oito da noite da Quarta, resolvi voltar lá pra ver o que tinha acontecido e o moleque estava lá tranquilo cantando.

Lembra?

E o amigo…

Lembro, sim. Incrível mesmo foi a plateia depois de tudo gritar: -“De novo! De novo!”

 

Gilson Cruz

Leia também: Quiprocuó Esporte Clube – Falando de futebol ‣ Jeito de ver

 

Contos de Carnaval (uma história com H)

Máscaras de carnavais e bailes de fantasia. Um texto bem humorado sobre o carnaval no interior.

Imagem de Adriano Gadini por Pixabay

A cidade se aglomerava e de repente Dona Margarete gritava: –“Eu falei Faraó…”

Automaticamente a multidão seguia naquela mais que animada romaria, cantando: “Ê Faraó… Ê Faraó…”

– Mas, sou capaz de apostar que a maioria das pessoas não sabia cantar metade daquela letra complicada e imensa!

Os compositores eram realmente geniais!

Para a multidão o importante  mesmo era tentar cantar as frases ou mesmo as sílabas que conseguiam lembrar, esbarrar nos outros, dançar e na maioria das vezes, apenas pular!

E por falar em dançar, a cada nova estação, uma nova dança: A dança da galinha, o Fricote, o Tchu-tchu, a manivela...não dá pra lembrar de tudo!

Esse era o Carnaval na capital e no interior da Bahia!

No interior, havia a micareta (e no momento NERD do dia , lembro a você  que MICARETA vem de uma palavra francesa que significa “meio de quaresma” – período entre os dias 14 de Fevereiro e 28 de Março)  e o trio elétrico tocando canções  nordestinas animadas arrastando um monte de gente pela cidade, num tour bem divertido mas, barulhento pra caramba!

A banda Bamda Mel (isso mesmo, BaMda) puxava o “Prefixo de Verão” e pregava a paz na “Baianidade Nagô“, um “Cometa mambembe” atingia em cheio a multidão que  queria apenas ” botar o bloco na rua” enquanto o “Frenesi” balançava a massa.

E cabia tudo naquelas ruas  desde “Senegal’, “Moçambique”, “Madagascar” e  Bagdá”,  ó ó ó Bagdá… até o Egito, Egito ê!

Quando a rodinha apertava, Sara Jane, pedia que abrisse, mas era um “Auê” mesmo, quando faltava o freio no Trio Elétrico!

E por falar em falhas mecânicas, um dia os  freios do Trio Elétrico foram curtir no meio do povo e o caminhão desceu a ladeira abaixo desgovernado – acho que os músicos ou se empolgaram demais ou se borraram de tanto medo, pois o axé naquela hora soou como um perfeito heavy metal! Poucas pessoas tiveram as pernas quebradas e por bem pouco não estiveram entre aquelas que “não iam atrás do trio elétrico” por motivos óbvios, como cantava o Moraes.

Sim, o Trio Elétrico “sacudia, abalava” e aquele terremoto parecia não ter fim, a Reflexus pedia liberdade ao Mandela, o Olodum fazia o seu protesto, apresentava o Berimbau, cantava o “Samba do recôncavo” e o Araketu deixava muita gente mal acostumada

Mas, por que é que chamam aquele caminhão de TRIO ELÉTRICO?

Bem…veja a  história:

Tudo que então era possível, se dava porque em décadas anteriores , especialmente na década de 1950, dois amigos: Adolfo Antônio do Nascimento (Dodô), Osmar Alvares Macedo (Osmar) colocaram aparelhos de som no carro, um Ford 1929, conhecido como a Fobica. No início, eram conhecidos como a Dupla Elétrica.  Sim…mas, e o Trio? – EBC | Como foi inventado o Trio Elétrico?

A dupla se tornou Trio quando convidaram Temístocles Aragão para formar o que viria a ser chamado de Trio Elétrico.

E aí você imagina, quando a Fobica se aproximava trazendo o Trio Elétrico tocando especialmente Frevos, o povo gritava: –“Lá vem o trio Elétrico…

– Alguém entendeu que se referia ao carro, então a coisa  pegou!

Hoje as pessoas conhecem como Trio Elétrico  aqueles caminhões equipados de caixas de som.

Na década de 1970, o versátil Moraes Moreira passou a soltar a sua voz nos trios elétricos – se tornando o primeiro cantor desta área. E desde sempre, o mágico Armandinho Macêdo, um dos mais talentosos músicos da história (e ele já é uma história a parte) mostrava o que se era possível fazer numa guitarra, em especial – a guitarra baiana. – Armandinho (guitarrista) – Wikipédia, a enciclopédia livre (wikipedia.org)

Na década seguinte, um pequeno príncipe surge cantando canções bem ritmadas, com belas letras ( e algumas que certamente se encaixam apenas naquela época) – indo num  Fricote até o chão.

A linda voz do Luiz Caldas fluía desde os contagiantes axés de “Tieta”, “Magia”, “Haja amor”, “Eu vou já” até as suaves “È tão bom” e “Flor Cigana”.

E era realmente tão bom, quando Beijos, Cheiros, Chicletes, Asas, Blocos Afros e muitas outros cantores incríveis desfilavam pela avenida com músicas, protestos e histórias – não só a Praça Castro Alves era do Povo, mas todas as praças pertenciam ao povo.

O tempo passa e as coisas mudam…

E as avenidas seriam então diferentes…

Os blocos agora podiam pagar cantores para animar seus associados, que protegidos por cordas e seguranças,  curtiriam então a sua festa na segurança do seu espaço privado na rua, (pois é, a “fantasia não seria eterna” como queria a Baianidade Nagô para os carnavais, os cantores também precisavam viver e animar o carnaval era o seu trabalho) já para aqueles que não pagavam, restaria  “aproveitar o espaço que sobrasse aos pipocas”.

O repertório do Carnaval mudou e artistas de outros estilos passaram a ser convidados para  novos públicos: sertanejo, rock’n roll, tango… ( acho que o tango, ainda não)-  prática talvez iniciada lá, quando o freio do caminhão falhou na ladeira e os músicos carnavalescos emularam perfeitamente o primeiro heavy metal num carnaval…

Enquanto isso, no interior, o velho Prefeito pedia ao Trio Elétrico, para que nesse tour musical através da cidade, parasse próximo ao Cemitério e a banda tocasse em homenagem aos velhos foliões…que certamente, jaziam sem muita ansiedade ou entusiasmo, nos túmulos…

E no Centro, quando as coisas esquentavam e as pessoas confundiam a dança com a briga, o guarda Miguel dava três tiros para cima, talvez para lembrar que a homenagem aos velhos foliões já tinha acontecido naquele dia e que se não parassem , os valentões seriam os  homenageados do ano seguinte…

E a Banda Doce Magia fazia a sua  música, com o patrocínio costumeiro dado à cultura em pequenas cidades…

Conheça mais a história dos micaretas no Canal MICARETAS ANTIGAS

Foto Almeida NO YOUTUBE, do pesquisador Ananias Almeida.

https://www.youtube.com/@micaretasantigasfotoalmeid7790

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