A mesma lua ( Um Poema simples)

A lua. Um texto sobre as memórias de um belo tempo.

A lua como que observando a vida na Terra…

Imagem de Robert Karkowski por Pixabay

A lua ainda é a mesma,

apesar de nós.

Contávamos histórias, estrelas…

E quando ela surgia entre os montes

as palavras se calavam, por instantes…

E era neste instante que os namorados passavam de mãos dadas e paravam juntos na ponte

que separava as duas partes da cidade, sobre o riacho.

E como numa fotografia, beijavam-se timidamente e era possível, amar o cenário.

Enquanto isso o velho músico se dirigia ao abrigo escuro das sombras das árvores,

daquelas árvores imensas que ficavam próximas à igreja.

e dedilhava acordes mágicos dando ao cenário o fundo musical necessário para eternizá-lo.

E amigos se aproximavam, para cantar canções de amor, cantar paródias, piadas…

canções que se perderam no tempo.

E as meninas passavam brincando com os pequeninos,

enquanto os pais, aproveitavam para esquecer seus problemas  dentro de suas casas

e saíam para contemplar o instante.

De mãos dadas, aproveitavam para lembrar do começo

e se comprometiam a recomeçar todos os dias.

Hoje, velhas fotografias acordam velhas recordações e te vejo,

no mesmo banco da praça naquele momento

em que passavam as crianças e os casais.

Enquanto, o músico tocava e o casal se abraçava

rindo…

admirando a mesma lua.

Gilson Cruz

Leia mais em Versos sem destino ( um conto ) – Jeito de ver

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